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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Primeira das sete barcas chinesas adquiridas pelo Estado chega ao Rio até o fim do ano

A primeira das sete barcas chinesas compradas pelo Governo do Estado para reforçar a frota do sistema aquaviário iniciou a fase de testes na China e chega ao Rio de Janeiro  até novembro deste ano. As embarcações encomendadas ao China Shipping Group/ AFAI vão beneficiar os usuários da linha Praça XV-Araribóia. Até o segundo semestre de 2015, todas estarão integradas à frota da concessionária CCR Barcas. No total, foram investidos pelo governo estadual R$ 227 milhões.

A capacidade de cada embarcação é de dois mil passageiros. Equipadas com ar condicionado, possuem janelas panorâmicas e maior espaço interno para embarque e desembarque simultâneo. Idosos e deficientes vão contar com entradas exclusivas pelas laterais.

- Com a chegada dessas novas barcas para a travessia Rio-Niterói, vai ser possível dobrar a capacidade de passageiros transportados, passando de 12 mil para 24 mil usuários por hora em cada sentido, no horário de pico. O tempo médio de travessia Rio-Niterói, que hoje é de 18 minutos, passará para apenas 10 minutos.  As novas embarcações vão agregar mais qualidade, segurança e pontualidade às viagens na linha Praça XV/Araribóia - explica a secretária de Transportes, Tatiana Carius, em visita técnica ao estaleiro AFAI, na China, nesta quinta-feira (4/9).

Até 2007, o sistema de transporte aquaviário contava apenas com 19 embarcações em operação e transportava em média 62 mil pessoas por dia. Hoje são 24 barcas, incluindo 15 catamarãs e nove barcas tradicionais. Após investimentos no setor, como a reforma de estações e a ampliação da oferta de viagens, chegam a ser transportadas até 140 mil pessoas em um único dia.

Também estão em linha de produção outras quatro embarcações. Todas estão com as estruturas armadas e com os cascos sendo construídos. Ainda durante a visita da secretária, foi dado início à construção da sexta barca, durante cerimônia de corte de chapas de alumínio.

- Nossos engenheiros, baseados na China, já atestaram a qualidade da navegabilidade da embarcação, que apresenta também baixo nível de ruído, o que atende sensivelmente aos padrões internacionais de uma embarcação moderna - conta o almirante, Walter Lucas da Silva, diretor da Emgepron, Empresa Gerencial de Projetos Navais.

A embarcação é um exemplo de acessibilidade: espaços reservados para cadeirantes, piso tátil para auxiliar o deslocamento de pessoas com deficiência visual e assentos especiais para obesos. Segundo o presidente do estaleiro AFAI, a encomenda reforça a parceria diplomática entre Brasil e China.

- Essas embarcações não representam apenas uma relação comercial entre dois países. O projeto consolida as relações bilaterais entre Brasil e China - afirma o presidente do estaleiro, Wu Mingyi.

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