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sábado, 14 de abril de 2012

Tomada de preços para contratação de bufê por um milhão vira grande polêmica na cidade


A notícia de que a Prefeitura de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, fez uma licitação para gastar R$ 1 milhão com serviço de bufê mexeu com a nossa cidade, que há menos de uma semana foi atingida por um temporal que matou cinco pessoas e deixou quase mil desabrigados. O dinheiro para lanches e refeições não chegou a sair dos cofres públicos, mas a previsão dos gastos provocou reação, como mostrou reportagem do RJTV desta sexta-feira (13).
O resultado da licitação foi divulgado nesta semana. A prefeitura convocou a concorrência e deu detalhes do que queria. Cada um dos 800 almoços com bebidas, sobremesa, dois tipos de carne, saladas, arroz, feijão, farofa e massas, por exemplo, sai por R$ 30. O valor total é de R$ 24 mil

O prefeito Arlei Rosa, ex-presidente da Câmara de Vereadores, que assumiu o cargo em agosto do ano passado, depois que o então prefeito, Jorge Mário, foi afastado por suspeita de desviar as verbas de recuperação da cidade, destruída pela chuva de janeiro de 2011.
Nesta última sexta-feira (13), o prefeito Arlei Rosa disse que na verdade a empresa que ganhou a licitação ofereceu o serviço por R$ 785 mil.
“Devido a tudo o que aconteceu, eu estava na rua, ajudando a tragédia, eu nem tive cabeça e nem soube para pedir pra cancelar. Esse dinheiro não foi gasto e eu pretendo não gastar devido ao que a nossa cidade está passando”, disse o prefeito.
Nota da prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Teresópolis informa que, "apesar de se tratar de um procedimento de rotina, para atender aos eventos realizados durante todo o ano pelas secretarias municipais, bem como garantir a alimentação dos funcionários municipais que trabalham de plantão em eventos, como carnaval, Festa do Produtor Rural e ChocoSerra, entre outros, está cancelando o registro de preços para coquetel e coffe break realizado no dia 12 de abril, uma vez que o procedimento ainda não foi homologado".
A nota diz ainda que pelo registro de preços, a prefeitura retira e paga somente pelo serviço que utilizar, independentemente do valor total do pregão. Esse registro de preço é feito para que, caso haja algum evento, o serviço possa ser retirado do pregão e efetuado pela empresa vencedora, que apresentou o menor preço, conforme estabelece o Art. 2º do Decreto Municipal 2.970/2002, que diz que "a administração não estará obrigada a adquirir/contratar os materiais/serviços da detentora da ata de registro de preços".

A prefeitura informa que a administração municipal tem pleno respeito e consciência dos últimos acontecimentos no município e sabe como deve ser empregado o dinheiro público.

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